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Alemanha encerra operação das últimas três usinas nucleares

Mesmo com a crise na oferta energética e elevada de preços causadas pelo conflito Rússia-Ucrânia, operadores das usinas de Isar II na Baviera, Neckarwestheim II em Baden-Württemberg e Emsland na Baixa Saxónia anunciaram o desligamento das centrais nucleares da rede pública. Em 2022, as três usinas forneciam 6% da energia para a Alemanha.


A Alemanha buscava eliminar gradualmente a energia nuclear desde 2002, mas a decisão foi acelerada em 2011, após o desastre de Fukushima no Japão. Em 2022, o país produziu 46% de sua energia a partir de fontes renováveis. No entanto, o carvão respondeu ainda por um terço da produção de eletricidade na Alemanha fonte que cresceu sua aplicação em 8% no último período para compensar a perda do gás natural russo.


A parada das últimas centrais nucleares era para ser concluída no final de 2022, mas foi adiada em razão das sanções à Rússia o que exigiu que os reatores funcionassem até o mês de abril no período do inverno local. Foram 60 anos de produção desse tipo de energia que não é considerada verde e sustentável pelo governo alemão, embora os combustíveis fósseis tendem a ocupar o espaço da energia nuclear na matriz nacional.


Destaca-se que, mantida a taxa atual de crescimento na aplicação de energias renováveis, não seria suficiente para o país alcançar suas metas de transição energética, principalmente em razão do tempo de maturação de projetos eólicos.


Além disso, os processos para eliminar a operação de todas as usinas a carvão até 2038, com uma primeira onda de fechamentos prevista para 2030, depende ainda do reposicionamento da demanda por gás natural. Sem a oferta de gás russo, o país aposta em terminais de GNL para passar a importar o combustível de qualquer lugar do mundo.

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